A Polícia Civil prendeu na tarde desta terça-feira (05) o
médico de 44 anos denunciado pela morte da dentista Roberta Pacheco e acusado
de causar quebradeira em apartamentos no prédio onde mora. Ele havia sido preso
pela Polícia Militar por duas vezes no mês passado após os vizinhos denunciarem
os danos e perturbações. A prisão dessa vez aconteceu por ordem judicial.
Para determinar a prisão, o juiz fundamentou que o médico
estava em liberdade provisória pelo crime contra Roberta Pacheco, no entanto
ele teria descumprido as medidas restritivas de direito impostas para a
concessão do benefício. O acusado não poderia cometer novos
crimes, porém o acusado acabou indo até os apartamentos vizinhos causando novas
quebradeiras.
De acordo com o Delegado de Crimes contra a vida, Luís Mauro
Sampaio, ele havia sido denunciado pelo Ministério Público pela morte da
dentista, mas ainda não houve a pronúncia, ou seja, ele não foi encaminhado
para o julgamento do Tribunal do Júri. Com o mandado de prisão preventiva,
policiais civis e militares deram o cumprimento nesta tarde. Ele deve aguardar
nova decisão judicial preso no Presídio de Patos de Minas.
Relembre como foi a morte de Roberta
Roberta foi socorrida na madrugada de terça-feira
(05/03/2019) quando estava em um hotel nas proximidades do Terminal Rodoviário,
em Patos de Minas. Ela sofreu convulsões e chegou a ter parada
cardiorrespiratória. De acordo com a ocorrência policial, na época, o médico Daniel
Tolentino de Sousa havia relatado que ela se sentiu mal durante o ato sexual
e que, ao ver a situação, se desesperou e a arrastou pelo braço até o corredor
do hotel, gritando por socorro. Ele também disse que começou as manobras para
reanimá-la. O médico ainda relatara para os policiais que ela havia ingerido
xeque-mate, uma mistura de vodca com chá mate, e negou ter medicado a namorada. Foram feitos os exames toxicológicos e periciais no corpo da
jovem. O corpo de Roberta apresentava hematomas. A jovem Roberta Pacheco, na época com 22 anos, que havia se formado em odontologia recente, faleceu na tarde de domingo (17/03/2019). O médico foi denunciado pelo Ministério Público por estupro de vulnerável, homicídio qualificado e tráfico de drogas. Ele nega as acusações.
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