Uma jovem de 28 anos foi presa após invadir uma loja de roupas em Patos de Minas e furtar diversas peças. No entanto, horas depois, arrependida, ela decidiu devolver os produtos. O caso foi registrado pela Polícia Militar, que destacou a confissão espontânea da envolvida e seu desejo de se tratar da dependência química.
De acordo com informações da Polícia Militar, ela pulou um portão de aproximadamente três metros de altura nos fundos da loja, loja localizada na Rua Major Gote. Pelas imagens do sistema de segurança, foi possível identificar que ela pegou roupas ainda com etiquetas, deixando outras para trás. O crime ocorreu por volta das 4h da manhã.
Ao chegar em casa, ela confessou à mãe, que havia furtado as roupas, mas que queria devolvê-las. A família entrou em contato com a polícia, que se deslocou até a residência. Em depoimento, a mãe relatou que a filha é usuária de crack, cocaína e maconha e que há tempos tenta, sem sucesso, conseguir uma vaga para internação. “Ela quer se livrar do vício, mas não tem condições de pagar por um tratamento particular, e pelo SUS foi informada de que a espera pode levar até seis meses”, disse a mãe à PM.
A jovem, por sua vez, afirmou aos policiais que não pretendia vender as roupas, mas usá-las. “Se eu quisesse, teria vendido tudo fácil e rápido”, disse. A responsável pela loja confirmou o furto e disse que já havia percebido o sumiço das peças antes de ser notificada pela polícia. No entanto, ela não havia registrado ocorrência por acreditar que a PM não daria prioridade ao caso. “Pensei em procurar a base comunitária depois só para formalizar”, explicou.
Apesar da devolução ela foi presa em flagrante e levada à delegacia, onde o material furtado foi recuperado. O crime é enquadrado como furto qualificado (devido à escalada do portão), com pena prevista de 2 a 8 anos de prisão.
Entretanto, especialistas em Direito apontam que o arrependimento posterior e a confissão espontânea podem ser considerados atenuantes, reduzindo a pena ou até mesmo permitindo a substituição da prisão por medidas alternativas, como tratamento compulsório para dependentes químicos.
A mãe reforçou o pedido por ajuda: “Ela não é uma criminosa, está doente. Precisa de tratamento, não de cadeia”. O caso reacende o debate sobre a demora na internação judicial de dependentes químicos e a falta de políticas públicas eficientes para reabilitação. A Polícia Civil ratificou o flagrante, mas a Justiça decidiu pela liberdade provisória.
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