Renato Rodrigues de Sousa, de 42 anos, foi condenado pelo assassinato de Ítalo Henrique da Silva Marques, de 25 anos, e pela tentativa de homicídio contra uma mulher de 34 anos, ocorridos na madrugada do dia 09 de fevereiro de 2024. O julgamento, que durou mais de 10h, foi realizado nessa quarta-feira (14), no Fórum Olympio Borges, em Patos de Minas. Washington Junior Pacheco Santos, de 30 anos, é suspeito de participação no crime, mas segue foragido desde o ocorrido.

O processo correu sob segredo de justiça. No dia do crime, a Polícia Militar foi acionada no Hospital Regional Antônio Dias, onde a mulher havia dado entrada ferida com diversos disparos de arma de fogo. Durante as diligências, os policiais encontraram o corpo de ítalo, com diversas perfurações de arma de fogo, na casa de Renato, localizada na rua Joaquim Alexandre de Oliveira, bairro Jardim Paulistano.

A Polícia Civil foi acionada e iniciou as investigações. No dia do ocorrido, o delegado Luís Mauro Sampaio, que investigou o caso, informou que os policiais encontraram porções de crack e de cocaína. As investigações apontaram que ocorria uma confraternização no local, quando ocorreu um desentendimento e Renato teria atirado contra as vítimas. Os acusados teriam ainda confiscado os celulares das vítimas. Em seguida, Renato e Washington saíram do local.

Renato ficou foragido por mais de dois meses, sendo preso no dia 23 de abril de 2024, quando estava nas proximidades do Aeroporto Internacional de Brasília. As investigações apontaram que ele iria se despedir da filha, que estaria embarcando para Portugal. Washington ainda não foi encontrado.

Durante o julgamento, a defesa de Renato defendeu a tese de homicídio privilegiado para o réu, argumento que ele agiu sob violenta emoção. Segundo a defesa, Renato teria presenciado sua esposa beijando Ítalo, o que teria lhe deixado transtornado. Os advogados ainda pediram para que a tentativa de feminicídio fosse desqualificada para lesão corporal gravíssima.

Os argumentos da defesa não foram suficientes para convencer os jurados, que formaram maioria pela condenação. Renato foi sentenciado a 28 anos e três meses de prisão no regime fechado, por homicídio qualificado, tentativa de homicídio qualificada, furto e constrangimento ilegal.