Com um número preocupante de casos de dengue, o prefeito municipal, Pedro Lucas Rodrigues, resolveu decretar situação de emergência em Patos de Minas. O anúncio foi feito na tarde desta segunda-feira (15) no gabinete do prefeito. Autoridades de diversos setores da sociedade participaram do anúncio. Já são 1325 notificações, 340 confirmados. A decisão vai possibilitar que medidas emergenciais sejam adotadas para combater a doença.
Segundo Mariah Figueiredo, diretora epidemiológica do município, a situação é realmente preocupante. O número de casos de dengue cresceu muito nos últimos dias, chegando a 340 casos confirmados. E esse número pode ser ainda maior. Isso porque o exame para confirmar a doença é feito apenas em Uberaba. São 883 casos aguardando o resultado. Ela contou que a epidemia na cidade é atípica e aconteceu devido ao atraso no período chuvoso.
Ela informou também que o caminhão fumacê já foi solicitado junto ao governo estadual para ajudar no combate ao mosquito transmissor da doença. Ela salientou, no entanto, que as pessoas devem continuar contribuindo com o trabalho de eliminação dos criadouros do mosquito Aedes Aegypti. De acordo com a diretora, o fumacê mata somente o mosquito adulto e não vai surtir o efeito necessário se os focos do mosquito persistirem.
A responsável técnica da UPA da Avenida Marabá, Inês Rosário, também está muito preocupada. Ela contou que nesta segunda-feira (15) foram atendidos cerca de 300 pacientes, a maioria com suspeita de dengue. O prefeito Pedro Lucas pediu o apoio das autoridades e de toda a população para ajudar no combate do mosquito. Ele informou que uma série de medidas serão adotadas para controlar a doença.
Profissionais da área da saúde e agentes de endemias serão contratados. Haverá treinamento de profissionais, readequação das instalações físicas da UPA, aquisição de medicamentos, veículos, ambulâncias e realização de campanha educativa nos mais diversos meios de comunicação. Mutirões de limpeza também estão programados para diversos bairros de Patos de Minas. Quatro caminhões e 75 agentes de endemias participarão do trabalho.
A população deve continuar eliminando os focos do mosquito Aedes Aegypti, eliminando todo recipiente que pode acumular água, como latas e garrafas vazias, pneus, calhas, caixas d’água descobertas, pratos sob vasos de plantas e etc. Em Minas Gerais, já são 198.502 casos notificados. O superintende regional de saúde, Lindomar Babilônia, informou que a melhor forma é a limpeza. “O ovo do mosquito permanece até anos esperando água para poder se desenvolver”, salientou.
Autor: Farley Rocha
