O fato aconteceu nessa segunda-feira (09), no Bairro Novo Horizonte, em Patos de Minas. Primeiro, a mulher teria ido até o comércio e quebrado alguns objetos por acreditar que estava sendo traída. O companheiro então teria a segurado pelo pescoço e feito ameaças de morte. O desentendimento teria continuado em casa e a vítima acionou a Polícia Militar indicando que ele possuía uma arma. Com isso, o comerciante entregou a arma para o funcionário que também acabou preso com a pistola.

De acordo com informações da Polícia Militar, a vítima relatou ter sido vítima de agressões físicas e ameaças de morte. Ela contou que vive com o acusado há dois anos, possuindo um filho pequeno. Outras duas filhas menores, somente dela, também vivem no imóvel. Ela contou que, durante o relacionamento, ocorreram alguns desentendimentos, decorrentes de supostos episódios de infidelidade por parte do companheiro.

Nesta data, novamente suspeitou do comportamento dele e foi até o estabelecimento comercial dele para pedir satisfações sobre as suspeitas. No local, entraram em atrito, momento em que ela perdeu o controle emocional e danificou alguns objetos no interior do comércio. Ele então passou o braço em torno do pescoço dela e a imobilizou, fazendo com que ela se debatesse para se desvencilhar.

Naquele momento, ele teria repetido várias vezes ameaças de morte, dizendo: "eu vou te matar, eu vou te matar". Segundo ela, após esse episódio, ela voltou para sua residência, onde, momentos depois, ele chegou ao local e reiniciaram o atrito. Ela acionou a Polícia Militar e ele saiu rapidamente de casa. Durante a entrevista com a vítima, ela foi indagada se o acusado possuía arma de fogo e ela respondeu que sim e que ela estava guardada no cofre, dentro do guarda-roupas.

Diante disso, os policiais iniciaram as diligências para localizar o acusado quando os policiais avistaram o funcionário saindo rapidamente do estabelecimento comercial dele em uma motocicleta, não sendo possível acompanhá-lo. Ao passar novamente em frente à residência do acusado, ele foi localizado. Perguntado sobre a referida arma de fogo, ele negou, mas quando questionado se autorizava abrir o cofre, ele negou a princípio, contudo concordou em abri-lo na presença dos militares.

Os policiais então localizaram 8 cartuchos intactos de munição calibre 6.35, dois cartuchos intactos de munição calibre .32 e 2 cartuchos intactos de munição calibre .38. Sobre a arma, ele disse que havia vendido. Os policiais continuaram as diligências e encontraram a arma na casa do funcionário que confirmou que seu patrão chegou ao estabelecimento comercial e, sem informar o motivo, pediu que ele guardasse a arma em sua residência. A pistola calibre 6.35, alimentada com um carregador contendo 7 cartuchos intactos estava em um cesto, no meio das roupas.

Diante disso, os dois foram cientificados de seus direitos constitucionais e conduzidos até a delegacia da Polícia Civil. O patrão foi preso em flagrante pelos crimes de posse ilegal de arma de fogo, posse ilegal de munições, ameaça e agressão. Mas ele negou as ameaças e a agressão à mulher. Já o funcionário foi preso por posse ilegal de arma de fogo. A autoridade policial ratificou o flagrante e estabeleceu fiança de R$3000,00 para o patrão e R$1500,00 para o funcionário.