A Copasa disse que seria apenas uma intermitência no fornecimento de água, mas a verdade é que boa parte da cidade ficou de torneiras vazias. O abastecimento foi interrompido na manhã de quinta-feira (20) com a promessa de que seria normalizado até a manhã de hoje, o que para muitos moradores ainda não aconteceu.

A falta de água interrompeu o funcionamento de escolas e de empresas. Pacientes reclamaram que até o Centro de Enfrentamento da Dengue teve que interromper os atendimentos. O Hospital Regional recebeu água de caminhão pipa. Mas o maior transtorno foi mesmo para os moradores.

Muita gente chegou em casa do trabalho e não encontrou água sequer para tomar banho. “Aqui em casa não tem água, tem minha filha de 3 anos em casa. Vamos tomar banho como? Vamos fazer janta como? Não quero saber quanto vai gastar ou quando vai terminar. Tenho filha, pago essa taxa de esgoto absurda pra quê?”, reclamou Loany Martins.

O problema da falta de água persiste nesta manhã. Moradores dos bairros Sorriso, Barreiro e São Francisco se queixaram da falta de água. A redação do Patos Hoje cobrou uma explicação da Copasa que enviou a seguinte nota:

A Copasa informa que o fornecimento de água para Patos de Minas está sendo feito regularmente, mas ainda assim, intermitências podem ser sentidas, principalmente nas partes mais altas da cidade, nesta sexta-feira (21/05). A previsão é que a situação para essas áreas seja normalizada até a manhã de sábado (22/06).

As unidades de tratamento, bombeamento e distribuição estão operando em capacidade máxima. Os reservatórios já estão acumulando água, no entanto, o volume ainda está abaixo do ideal. Equipes técnicas permanecem monitorando a situação para realizar manobras operacionais com o objetivo de agilizar a recuperação do sistema. Caminhões-pipa também estão dando suporte no abastecimento de áreas prioritárias, como unidades escolares e de saúde.

As intermitências são reflexo da manutenção realizada na captação do Rio Paranaíba, com intuito de ampliar a capacidade da unidade de 420 para 550 litros por segundo, um aumento de 30% na produção, e que em longo prazo vai gerar benefícios para toda a população. As obras, em sua totalidade, estão avaliadas em quase R$20 milhões.

Mais uma vez a empresa reforça que o consumo consciente nos imóveis que já estão recebendo água regularmente é fundamental para ajudar a agilizar a normalização do abastecimento para as regiões mais elevadas e distantes. Mesmo com o empenho das equipes e funcionamento das máquinas em sua plena capacidade, a água chega primeiramente aos imóveis de áreas com baixo relevo, e posteriormente, às regiões mais altas, ou seja, um processo gradativo. Quanto maior a economia, mais rápido a situação será normalizada.