Minas Gerais é um dos estados com a maior incidência de raios do Brasil. Desde o início deste ano, o estado registrou mortes causadas por descargas atmosféricas, tanto em área rural quanto urbana. Por isso, é muito importante que a população esteja atenta para evitar acidentes – que podem ser fatais – e também proteja equipamentos eletrônicos, que podem ser danificados durantes as tempestades. No Triângulo e Alto Paranaíba foram registrados 137.561 raios em 2020.
As características geográficas e meteorológicas de Minas Gerais são os motivos para a grande incidência de descargas atmosféricas. De acordo com o Centro de Meteorologia da Cemig, as regiões do estado mais atingidas – como Sul de Minas, Zona da Mata e Região Metropolitana de Belo Horizonte – estão sob o efeito de fenômenos meteorológicos como frentes frias e linhas de instabilidades. Esses fenômenos provocam chuvas fortes de curta duração e que podem causar alagamentos – que se agravam dependendo do relevo e da posição geográfica. É importante ressaltar ainda o Oceano Atlântico como fornecedor de umidade para o Sul de Minas e Zona da Mata, proporcionando a formação mais frequente de nuvens de chuva.
O gerente de Saúde e Segurança do Trabalho da Cemig, João José Magalhães Soares, destaca que durante as tempestades com raios as pessoas devem procurar abrigo imediatamente. “Caso a pessoa esteja na rua, ela deve procurar um local seguro, como um estabelecimento comercial. O mesmo vale para regiões rurais. Além disso, é importante não ficar debaixo de árvores ou de postes, que podem atrair a descarga atmosférica e, consequentemente, eletrocutar quem esteja próximo. O raio provoca queimaduras gravíssimas e pode provocar parada cardiorrespiratória, que pode levar a pessoa à morte”, explica.
João José Magalhães Soares ressalta que todos os equipamentos elétricos devem ser retirados das tomadas para evitar risco de queimar. Essa atitude preventiva também contribui para a segurança das pessoas. “Apesar de a rede elétrica possuir dispositivos de proteção contra elevações bruscas das tensões (sobretensões), durante as chuvas o raio pode cair nos fios da rede elétrica e, apesar de remota, existe a possibilidade de chegar às residências por meio da fiação, podendo atingir os aparelhos e até os moradores que estiverem em contato com eles. Esse mesmo raio pode cair próximo à residência e induzir uma sobretensão nas instalações elétricas das residências, acima do suportado pelos equipamentos, e causar danos a estes equipamentos”, destaca.
De acordo com o gerente de Saúde e Segurança do Trabalho, o telefone celular só deve ser utilizado caso o carregador de bateria do aparelho não esteja plugado na tomada. Essa recomendação vale para qualquer situação, independentemente se forem dias de chuva ou de sol.
Uma das principais ocorrências durante tempestades intensas é o fio partido, principalmente quando há quedas de árvores sobre a rede elétrica. Caso as pessoas se deparem com um fio partido, elas não podem se aproximar ou tocar no cabeamento e, se possível, não devem permitir que outras pessoas se aproximem também. A recomendação é telefonar imediatamente para o Fale com a Cemig, no telefone 116, que funciona 24 horas por dia. Se uma árvore cair na frente de sua residência, nunca tente retirá-la ou cortá-la e chame o corpo de bombeiros para retirar esta árvore. Em muitos casos, no meio da árvore caída, existe um cabo partido da rede elétrica que pode estar energizado e escondido no meio dos galhos e, ao tentar retirar a árvore, a pessoa pode sofrer um choque elétrico de até 13.800 volts, com risco de morte ou graves queimaduras.
Atenção na Zona Rural
Outro ponto de atenção muito importante é que durante tempestades com raios em áreas rurais, é ideal que as pessoas busquem um abrigo que não seja embaixo de árvores ou postes, que podem atrair a descargas atmosféricas devido à sua altura, e como consequência eletrocutar as pessoas que estejam próximas.
“Durante as chuvas, os raios podem cair nas proximidades das cercas ou atingir diretamente uma pessoa. Por isso, é fundamental que se busque um abrigo seguro na incidência do fenômeno. Caso não seja possível conseguir um abrigo, é importante ficar longe de pontos altos, que podem atrair os raios. O mais importante é não sermos um dos pontos mais altos em locais descampados. Se uma pessoa estiver no alto de uma montanha desprotegido, por exemplo, a orientação é ficar deitado para não correr o risco de sofrer uma descarga atmosférica”, alerta João José Magalhães Soares.
Em casos de locais que possuem criação de animais, como gado e cavalo, o proprietário deve avaliar a instalação de para-raios nas cercas e na localidade, para facilitar o escoamento da corrente elétrica para o solo. Além disso, explica João José, “é importante interromper a cerca de alguns em alguns metros, a depender da sua extensão, para diminuir a possibilidade da descarga ‘caminhar’ por grandes distâncias por meio dos componentes metálicos, como arames e sempre conectar essa cerca a uma haste fincada no solo”, detalha.
Fonte: Ascom CEMIG
[[ comentario.apelido ]]
[[ comentario.data ]][[ comentario.texto ]]
Comentário removido pelos usuários
[[ resposta.apelido ]]
[[ resposta.data ]][[ resposta.texto ]]