O Cruzeiro teve Kleber expulso logo a 1 min de jogo e perdeu para o São Paulo, por 2 x 0, na noite desta quarta-feira, no Morumbi, e deixou a Copa Santander Libertadores na fase quartas de final. No limite de suas forças, o time celeste lutou contra as adversidades, mas sucumbiu e deixou para o futuro a conquista do torneio continental pela terceira vez.
A Raposa já entrou em campo em desvantagem de 2 x 0, placar do revés sofrido no Mineirão há uma semana. Precisava devolver a contagem para levar a decisão aos pênaltis ou vencer por três gols de diferença para passar à semifinal. Se marcasse ao menos três gols na casa do adversário, o time celeste poderia passar adiante com vantagem de dois tentos.
O Cruzeiro foi a campo completo. Embora não tenham treinado durante a semana em razão de lesões musculares na coxa esquerda, o lateral-direito Jonathan e o atacante Kleber passaram no teste de vestiário e foram a campo. O zagueiro e capitão Leonardo Silva retomou o lugar no time após cumprir suspensão e formou dupla com Gil.
O São Paulo também teve uma mudança na defesa em relação ao time que foi ao Mineirão na semana passada. Miranda retornou na vaga de Xandão e Ricardo Gomes voltou a escalar o time no esquema 3-5-2, com Richarlyson de zagueiro pelo lado esquerdo.
O Cruzeiro permanecerá longe de casa. Na quinta-feira, a delegação segue para Atibaia-SP, onde treinará para o jogo de domingo, às 18h 30, contra o Guarani, em Campinas, pelo Campeonato Brasileiro.
O jogo
O Cruzeiro se preparou para uma tarefa que sabia ser difícil, mas à altura do time e da história que tem. Entrou em campo para batalhar em busca de uma façanha. Mas teve muito pouco tempo para isso. Logo a 1 min de bola rolando, o árbitro uruguaio Jorge Larrionda deixou o time celeste com um homem a menos e sem possibilidade de brigar em igualdade de condições.
O São Paulo já havia cometido duas faltas quando Kleber recebeu pelo lado direito e avançou, perseguido por Richarlyson. O Gladiador passou pelo adversário e estendeu o braço esquerdo para marcar distância. Acidentalmente, acertou a mão no rosto do adversário e foi expulso.
Foi um baque enorme para o Cruzeiro, que contou com grande participação de Fábio aos 6 min, quando defendeu bola chutada por Fernandão de dentro da área. O Cruzeiro tentou reagir e finalizou pela primeira vez com chute de longa distância de Thiago Ribeiro, que forçou Rogério Ceni a trabalhar, aos 7 min.
A essa altura, o São Paulo já mudara a formação tática para explorar a inferioridade numérica do Cruzeiro. Com apenas um atacante a marcar, Richarlyson passou a ser volante e o São Paulo adotou o esquema 4-4-2.
A equipe celeste se refez do susto e equilibrou as ações, na medida do possível, até o 23º minuto, quando o São Paulo abiu o placar. O gol nasceu de grande jogada de Júnior César, que se livrou de Jonathan e Henrique pelo lado esquerdo e cruzou rasteiro. Hernanes bateu de primeira e acertou o ângulo direito, sem chance para Fábio. São Paulo 1 x 0.
Logo após o gol, o São Paulo cresceu e Fábio apareceu muito bem ao defender bola cabeceada à queima-roupa por Alex Silva. Adilson Batista então mudou pela primeira vez. Thiago Heleno entrou no lugar de Jonathan, aos 28 min. Diego Renan passou para o lado direito e Gilberto virou lateral-esquerdo.
A defesa ficou mais segura e o Cruzeiro parou de levar sustos. Mas, ofensivamente, só conseguiu chutes ruins de longa distância de Henrique, aos 35 min, e Fabrício, aos 46 min.
Para a segunda etapa, Adilson Batista tentou uma última cartada e voltou com o atacante Wellington Paulista no lugar de Fabrício. O Cruzeiro até ameaçou, com cabeceio de Leonardo Silva a 1 min e chute de Thiago Ribeiro aos 5 min, mas a expulsão pesou.
O São Paulo marcou o segundo gol aos 8 min, depois que Júnior César lançou de longe, Fernandão escorou de cabeça e colocou Dagoberto em condição de matar no peito e encobrir Fábio, em manobra rápida que deixou a defesa celeste sem ação.
A partir dali, o Cruzeiro precisava marcar quatro gols no Morumbi, tarefa inglória para um time que corria em desvantagem numérica desde o começo. Adilson Batista então reforçou a marcação pelo lado direito, com a entrada de Elicarlos no lugar de Diego Renan, aos 13 min.
O Cruzeiro dedicou-se a terminar o jogo com dignidade, honrando a camisa celeste, e teve o esforço reconhecido pelo cruzeirenses que acreditaram e foram ao Morumbi.
SÃO PAULO 2 X 0 CRUZEIRO
Motivo: jogo de volta das quartas de final da Copa Santander Libertadores
Data: 19/05/2010 (quarta-feira)
Local: Morumbi, em São Paulo-SP
Árbitro: Jorge Larrionda (URU)
Público: 52.196 pagantes
Renda: R$ 2.871.619,25
Gols: Hernanes, aos 23 min do primeiro tempo; Dagoberto, aos 8 min do segundo tempo
São Paulo
Rogério Ceni; Alex Silva, Miranda (Xandão) e Richarlyson (Jean); Cicinho, Rodrigo Souto, Hernanes, Marlos e Júnior César; Dagoberto (Fernandinho) e Fernandão
Técnico: Ricardo Gomes
Cruzeiro
Fábio, Jonathan (Thiago Heleno), Leonardo Silva, Gil e Diego Renan (Elicarlos); Fabrício (Wellington Paulista), Marquinhos Paraná, Henrique e Gilberto; Thiago Ribeiro e Kleber
Técnico: Adilson Batista
Cartões amarelos: Richarlyson, Dagoberto, Alex Silva e Rodrigo Souto (São Paulo); Marquinhos Paraná (Cruzeiro)
Cartão vermelho: Kleber (Cruzeiro)
[[ comentario.apelido ]]
[[ comentario.data ]][[ comentario.texto ]]
Comentário removido pelos usuários
[[ resposta.apelido ]]
[[ resposta.data ]][[ resposta.texto ]]