O piloto patense de parapente Willian Amorim alcançou um feito histórico para o esporte em Patos de Minas. Ele decolou da rampa localizada próxima ao distrito do Leal (Lauren’s Paragliding Ramp) e pousou em Uberaba, após percorrer 212 quilômetros em 5 horas e 29 minutos de voo. O resultado representou não apenas um recorde pessoal, mas também o maior voo já registrado a partir da rampa, que foi descoberta há pouco mais de dois anos e possui cerca de 200m de desnível, favorecendo as decolagens.
Segundo Willian, apesar de recente, a rampa de Patos de Minas já se destaca no cenário nacional do voo livre. Em pouco tempo, demonstrou condições ideais para longas distâncias e agora entra para a história ao possibilitar um voo superior a 200 km. O piloto explicou um pouco mais sobre o parapente.
Para fazer a orientação, o piloto explicou que faz a análise da condição do tempo e verifica se o vento está alinhado e com a velocidade adequada. “Não pode ser lento demais, nem rápido demais”, disse. Ele também informou que utiliza o aparelho chamado de variômetro que mostra a altitude e apita quando entra na termal. Willian destacou que já tinha feito um voo de 133 km, onde pousou em Iraí de Minas. "Por isso que é muito difícil de conseguir esse feito de 212 km, depende das condições perfeitas do tempo", ressaltou.
De acordo com Willian, o voo livre em parapente oferece diferentes possibilidades de voo. O Lift é quando o piloto utiliza correntes ascendentes formadas pelo vento ao encontrar obstáculos como encostas e morros. O Cross country (cross) é modalidade do recorde de Willian, na qual o objetivo é percorrer grandes distâncias aproveitando correntes térmicas para manter altitude (as mesmas que os urubus usam para subir em círculos). Já o Acro se refere a um estilo radical, focado em acrobacias e manobras aéreas.
O piloto ainda informou que o parapente difere do paramotor, que utiliza um motor acoplado e pode decolar de praticamente qualquer lugar plano. Por outro lado, o parapente depende de uma rampa de decolagem adequada e da direção do vento favorável, o que torna o voo ainda mais desafiador e recompensador. Enquanto o paramotor garante maior independência, o parapente oferece a sensação única de flutuar livremente com a força da natureza.
Willian também destacou a importância da segurança que deve vir em primeiro lugar. O esporte exige disciplina e responsabilidade. A segurança está diretamente ligada às escolhas do piloto, como manter o equipamento em boas condições, estudar meteorologia, e respeitar os limites do clima.
Além disso, o voo livre é regulamentado por normas e regras estabelecidas pela Confederação Brasileira de Voo Livre (CBVL) e pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), reforçando a importância da prática responsável. Para voar sozinho é obrigatório realizar um curso de formação, garantindo que o piloto tenha o conhecimento necessário para lidar com o equipamento e as condições do ambiente.
E a região tem mostrado potencial. Segundo o piloto, Patos de Minas tem se mostrado um local privilegiado para o parapente. As condições geográficas e climáticas favorecem o voo de distância, em que os pilotos utilizam termais – as mesmas correntes de ar aproveitadas por aves como os urubus – para subir e avançar cada vez mais longe.
Com o recorde de 212 km, Willian Amorim destacou que a cidade entrou no radar do voo livre brasileiro e demonstrou o potencial da região para atrair novos praticantes e eventos esportivos. “Mais do que a conquista numérica, o parapente oferece algo único: a liberdade de voar, a contemplação da natureza e a superação pessoal”, disse.
As imagens registradas durante o voo mostram paisagens deslumbrantes, reforçando como o esporte proporciona momentos de conexão profunda com o céu e a terra. O recorde de Willian Amorim entra para a história de Patos de Minas como um marco que inspira pilotos e admiradores do voo livre, mostrando que os céus da região guardam infinitas possibilidades.
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