Pela primeira vez na história da cidade, o transporte público parou por 2 horas.
Após um protesto silencioso, os motoristas do transporte público de Patos de Minas decidiram tomar uma decisão mais drástica nesta quarta-feira (18). Pela primeira vez na história da cidade, o transporte público parou por 2 horas e a situação pode ficar ainda mais séria. Os motoristas querem melhores condições de trabalho e reajuste salarial.
Ontem, os motoristas da empresa Pássaro Branco trabalharam com os faróis dos ônibus ligados para chamar a atenção. A classe luta por melhores salários e melhores condições de trânsito. Sem chegar a um acordo, eles foram para a garagem da empresa e ficaram 2 horas parados, de 13h às 15h. 90% dos motoristas aderiram à paralisação.

De acordo com Eduardo Castanheira, diretor da empresa, já tentou uma negociação com a administração municipal para resolver o impasse, mas ainda não conseguiu a negociação. Ele contou que, como está há mais de 4 anos sem reajuste na tarifa do transporte, é preciso que haja melhoria nas condições de trabalho para diminuir os custos da empresa.

Eduardo está reivindicando a implantação de um corredor de ônibus para facilitar o tráfego dos coletivos no caótico trânsito patense. O diretor explicou que, com isso, a empresa conseguiria reduzir os custos do transporte, oferecendo melhores condições de trabalho para os funcionários e o reajuste salarial.

Marcos Andé Alamy, secretário de governo, informou que o problema do trânsito patense é principalmente por causa do aumento da frota de veíuclos que dobrou nos últimos anos. Ele contou que contratou um técnico para avaliar o que pode ser feito para melhorar o tráfego na cidade. Com relação ao transporte coletivo urbano, ele disse que a administração está disposta a negociar.

De acordo com Edson Ferreira da Silva, presidente do SINTRUB, os ônibus não conseguem trafegar a mais de 12 km por hora no problemático trânsito de Patos de Minas. Dessa forma, os motoristas não conseguem chegar ao destino no horário e acabam recebendo todas as reclamações dos passageiros. “O motorista entra no ônibus e se estressa na primeira viagem”, reclama.

Edson contou que 90% dos motoristas aderiram à paralisação e a situação pode ficar ainda mais séria. Ele contou que se não houver uma negociação para reajustar os salários e melhorar as condições de trabalho dos motoristas, pode haver uma paralisação por tempo indeterminado.

Autor: Farley Rocha