Uma mãe de estudante em Patos de Minas vai responder na justiça por ter arremessado um chinelo em uma professora. Ela teria agredido a professora-apoio com um chinelo durante uma discussão sobre o atendimento ao seu filho, criança com necessidades especiais. O caso foi registrado pela Polícia Militar como vias de fato e encaminhado ao Juizado Especial Criminal. A professora disse que pediu a Deus para a criança não ir à escola nesse dia.

De acordo com informações da Polícia Militar, no dia 17 de julho, por volta das 13h, o pai da criança chegou à escola questionando a professora sobre o comportamento do filho. A professora relatou que o menino estava "agitado e agressivo", tendo agredido a ela e os colegas. Ela teria acrescentado: “Que havia pedido a Deus para que o menino não fosse à escola neste dia”.

Minutos depois, a mãe foi informada sobre a declaração, dirigiu-se à escola para "tirar satisfações". Testemunhas afirmaram que a mãe chegou exaltada, proferiu xingamentos e, em seguida, arremessou um chinelo que atingiu o tórax da professora, que segundo a vítima, causou vermelhidão, mas não chegou a causar lesões.

A Polícia Militar prendeu a mãe em flagrante. A vítima assinou um Termo de Representação, manifestando interesse em processar judicialmente a acusada que, por sua vez, comprometeu-se a comparecer ao Juizado Especial Criminal por meio de um Termo de Compromisso, evitando a prisão imediata.

O caso chegou à justiça nessa quinta-feira (31). Se condenada, a mãe pode ser punida com prisão simples, de quinze dias a três meses, ou multa. Como a vítima possui mais de 60 anos, a penas é aumentada em 1/3 até a metade.

O caso expõe tensões no atendimento a crianças com necessidades especiais na rede pública. Conflitos em escolas têm aumentado, exigindo maior mediação. Autoridades têm manifestado que "a violência contra educadores é intolerável e será punida nos termos da lei".