Até o final de 2011, todo o sistema de radiocomunicação das polícias Civil e Militar, Corpo de Bombeiros e unidades prisionais da Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds) deverá dispor de tecnologia digital. Na prática, isso significa uma resposta mais ágil no atendimento à população, mais segurança na transmissão de informações e maior possibilidade de operações bem-sucedidas. O anúncio oficial foi feito nesta sexta-feira (10) pelo secretário de Estado de Defesa Social, Maurício de Oliveira Campos Júnior, durante entrevista coletiva, em Belo Horizonte. A aquisição dos equipamentos e instalação terão um investimento de cerca de R$ 215 milhões, já previstos no orçamento do Estado.

A expectativa do diretor de Tecnologia e Sistemas da Polícia Militar, coronel José Anísio Moura, é que a primeira parte da verba – R$ 55 milhões – seja aplicada ainda este ano. A mudança de tecnologia inclui tanto rádios das viaturas quanto rádios portáteis, e será gradativa. A primeira parte do Estado beneficiada será a Região Metropolitana de Belo Horizonte, seguida pelas cidades de até 100 mil habitantes; na seqüência virão as cidades localizadas no chamado Cinturão de Segurança (que fazem fronteira com outros estados) e, por último, os municípios restantes.

O secretário Campos Júnior ressaltou que a iniciativa é um marco importante da modernização do sistema de defesa social, na medida em que repercute diretamente na qualidade dos serviços prestados pelas corporações e, por tabela, na vida do cidadão comum.

Atualmente, a Polícia Militar dispõe de 12 mil rádios analógicos e, até o final do processo, deverá ter 20 mil rádios digitais. Outros seis mil aparelhos serão adquiridos para uso do Corpo de Bombeiros, Polícia Civil e sistema prisional.

O secretário de Defesa Social ressaltou ainda que o novo sistema dará mais segurança às comunicações policiais, por ser encriptado. Na prática, isso significa a possibilidade de mudança de código de segurança de hora em hora. Além disso, o radiocomunicador digital é troncalizado, ou seja, possui a capacidade de criar, dentro de uma faixa de freqüência disponível, uma que esteja livre. Não há necessidade de esperar uma pessoa terminar de falar para enviar a sua mensagem. “Esta tecnologia não permite uma interceptação indevida, tornando menos vulnerável o sistema de defesa social,” frisou.