No ataque, o Mamoré encontrava muitas dificuldades para transpor a barreira armada pelos visitantes.
Os torcedores do Esporte Clube Mamoré compareceram em grande número ao Estádio Bernardo Rubinger de Queiroz para ver o time reassumir a liderança do grupo no Campeonato Mineiro do Módulo II. A vitória parecia certa, já que o Sapo não teve dificuldades para vencer o mesmo Democrata, na casa do adversário. O que parecia fácil, no entanto, se transformou em um jogo dramático e que terminou de forma trágica para a equipe esmeraldina.

Foi um jogo inteiro de ataque contra defesa. O Democrata assumiu sua inferioridade e se trancou lá atrás. Com todos os 11 jogadores atrás da linha da bola, o time só saia esporadicamente nos contra-ataques. Lá na frente, o Mamoré encontrava muitas dificuldades para transpor a barreira armada pelos visitantes. Para piorar, as poucas chances que surgiram foram desperdiçadas.

O Democrata chegou ao gol de Gessé apenas duas vezes em todo o primeiro tempo. Do outro lado, o Mamoré era só pressão contra os visitantes. Mas o trio de ataque formado por Evandro, Dinei e Felipe não conseguia finalizar com precisão. Quando isso acontecia, o goleiro Gonçalves do Democrata salvava. Nem depois dos 30 minutos, quando os visitantes tiveram um jogador expulso, o Mamoré conseguiu abrir o placar.

Aos 39 minutos do primeiro tempo, Marcio Paranaíba perdeu um daqueles gols feitos. Pouco depois, Adílio pegou a sobra e soltou uma bomba. A bola saiu tirando tinta da trave. Zero a zero no primeiro tempo e metade da missão pouco ambiciosa do Democrata em Patos de Minas estava cumprida.

O segundo tempo não foi diferente do primeiro. Mamoré no ataque e Democrata fechadinho na defesa, dando chutões para todos os lados. Logo aos 3 minutos, o goleiro Gonçalves teve que se esticar todo para tirar a cabeçada. Um minuto depois, a zaga cortou o chute de Flávio. Aos 8 minutos, na única falha no jogo, o goleiro do Democrata saiu mal e a bola sobrou para Adílio que chutou por cima, com o gol vazio.

O bombardeio do Mamoré contra o gol do Democrata não parou por aí não. Aos 19 minutos, Adílio bateu cruzado e a bola acertou a trave. No contra-ataque, o Mamoré quase foi castigado. Em cobrança de escanteio, a zaga esmeraldina parou e deixou o jogador do Democrata livre para cabecear a bola na trave. A esta altura, o jogo já estava dramático para o Sapo que não conseguia furar a retranca dos visitantes.

Também em cobrança de escanteio, o Mamoré teve chance de abrir o placar, mas a bola também parou na trave. E a noite não era mesmo do Sapo. Depois de tabelar na entrada da área, Toto driblou o goleiro e foi derrubado na área, mas o árbitro mandou o jogo seguir. No último lance da partida, Dinei recebeu livre e bateu cruzado, mas pra fora, garantido o placar de zero a zero.

A torcida não gostou do resultado e chegou a ensaiar uma vaia à equipe. Foi o segundo empate do Mamoré em casa contra adversários que teoricamente seriam fáceis. Desta forma, o Sapo que poderia estar com folga na liderança, ocupa apenas a segunda colocação no grupo. O Mamoré volta a campo no próximo sábado para enfrentar o Uberlândia, também no Estádio Bernardo Rubinger de Queiroz.

Autor: Maurício Rocha